Logo,
o PMCFC à 35% deve ser aplicado em uma ponta de papel
absorvente e levada em contato com as paredes do canal. Já
entre o formocresol e tricresol formalina ambos tem ação
à distância. Segundo BIRAL (1978) o formocresol
tem ação à distância de 3 a 6 milímetros
, concluiu também que foi a medicação
que produziu os maiores halos de inibição e
ainda foi capaz de penetrar na dentina de 0,5 a 0,6 milímetros.
OHARA et al. (1993) , através de estudos empregando-se
anaerobiose , verificaram que os vapores de formocresol foram
os mais eficientes na destruição dos microorganismos
e concluíram, ainda, que o mesmo promoveu o maior halo
de inibição (87 milímetros). ELLERBRUCH
et al. (1977) através da avaliação do
efeito antimicrobiano de seis vapores de medicamentos, concluíram
que o efeito antimicrobiano do formocresol foi bem superior
aos demais medicamentos testados. Logo, tanto formocresol
quanto tricresol formalina podem ser aplicados em bolinhas
de algodão previamente esterilizadas.
|
|
Deve-se
remover o excesso destas medicações com uma
gaze, para evitar que passe medicamento para a região
periapical, causando consequentemente pericementite química.
O período que estas medicações podem
ficar dentro do canal ainda não está bem definido
e é motivo de estudos. Apesar de alguns autores afirmarem
que seu efeito seria por curtos períodos, ESBERARD
et al. (1994) obtiveram excelentes resultados até por
períodos de 90 dias.
CONCLUSÕES
Diante da revisão da literatura realizada é
lícito concluir que:
1) Os anti-sépticos devem ser utilizados com cautela.
São efetivos na destruição da maioria
dos microorganismos do canal radicular, porém ineficazes
sobre alguns tipos de enterococcus.
2) O PMCFC não tem ação à distância
e deve ser usado embebido em pontas de papel absorventes introduzidas
no canal no comprimento de trabalho.
|
|
3)
O tricresol formalina é mais potente do que formocresol.
Ambos têm ação à distância
e podem ser usados umedecendo-se "bolinhas de algodão",
removendo-se o excesso.
4) O tempo de ação dessas medicações
ainda é motivo de estudo. Porém, o tricresol
formalina tem-se mostrado efetivo até por 90 dias.
5) A associação de PMCFC com Ca(OH)2
deve ser melhor avaliada. Pois os fenóis perdem a
sua efetividade em ph alcalino.
ABSTRACT
Review of the literature of antiseptics in endodontics was
presented and discussed. The purpose of this study was correlate
the toxicity, antimicrobial effects of some currently used
root canal antiseptics.
Keywords:
root canal dressing, camphorated parachlorophenol, cresol
formalin
(página
de artigos)
|
|
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
- AKPTA,E.S. Effect of endodontic procedures on the population of
viable micro-organisms in the infected root canal. J. Endod., v.2,n.12,
p369-73 , 1976.
- BALABAN, F. et al. Acute exacerbations following initial treatment
of necrotic pulps. J. Endod., v.10,n.2., p78-81 , Feb., 1984
- BIRAL, R.R. Análise da ação antimicrobiana
de medicações empregadas nos curativos tópicos
intra-canal. Piracicaba,1978. 70 p. Tese (Livre-Docência).
Universidade Estadual de Campinas - SP.
- BLOCK, R.M. et al. Systemic Distribution of [ C14] -labeled paraformaldehyde
incorporated within formocresol following pulpotomies in dogs. J.
Endod., v. 9, n. 5 , p.176-89 , May , 1983.
- BYSTRÖM,A. et al. The antibacterial effect of camphorated
paramonochorophenol, camphorated phenol and calcium hydroxide in
the trearment of infec- ted root canals. End. Dent. Traum., v.1,
n.5, p.170-75, Oct., 1985.
- CWIKLA, J.R.et al. The vaporization and capillarity effect of
endodontic medica ments. Oral Surg., v. 34 , July , p.117-21 , 1972.
- ELLERBRUCH, E.S. et al. Antimicrobial activity of root canal medicament
vapors. J. Endod., v. 3 , n.5 , p.189-93 , May , 1977.
- ESBERARD, R.M. Avaliação histológica em dentes
de cães portadores de lesões periapiacis crônicas
( obtidas experimentalmente) frente ao tricresol formalina. R.B.O.,
v.LI , n.2 , mar./abr. , 1994.
- HARRISON, J.W. et al . The toxicity of parachlorophenol. Oral
Surg., v.32,n.1 p. 90-9 , July ,
1971.
- HAAPASALO, M. Bacteroides ssp. in dental root canal infections.
Endod. Dent. Traum., v. 5, n.1 , p. 1-10 , Feb., 1989.
- LEWIS,B.B.; CHESTNER,S.B. Formaldehyde in dentistry: a review
of mutagenic and carcinogenic potential. J.A.D.A., v.103, p.429-34
,Sept.,1981.
- MAISTO , O.A. Uso y abuso de los antisepticos en endodoncia. Rev.de
La Soc. Odont. de La Plata, n. 3 , p.21-2 , Mayo , 1989
- MESSER, H.H.; CHEN, R. The duration of effectiveness of root canal
medicaments. J. Endod., v.10, n.6 , p.240-45 , Jun., 1984
- NAIR, P.N.R. et al. Intraradicular bacteria and fungi in root-filled,
asymptomatic human teeth with theray-resistent periapical lesions:
A long-term ligth and electron microscopic follow-up study. J. Endod.,
v.16, n.12 , p. 580-88 , Dec. , 1990.
-
OHARA, P. et al. Antibacterial effects of various endodontic medicaments
on selected anaerobic bacteria. J.Endod., v.19, n. 10, p.498-99,
Oct., 1993.
- PELCZAR; REID ; CHAN. MICROBIOLOGY. 4º ed.Mc Graw-Hill Book
Company.
New York , p.446-61 , 1977.
SUNDQVIST,G. Ecology of the root canal flora. J. Endod., v.18, n.9
, p.427 - 30 , Sept. , 1992.
SOEKANTO, A. et al. Toxixity of camphorated phenol and camphorated
parachlorophenol in dental pulp cell culture. J. Endod., v.22, n.6.,
p.284-86,
June, 1996.
VANDER WALL, G.L. et al. Antibacterial efficacy and cytotoxicity
of three endodontic drugs. Oral Surg. ,v. 33, n. 2, p.230-41 , Feb.,
1972.
TAYLOR, G.N. et al. In vivo autoradiographic study of relative penetrating
abilities of aqueous 2% parachlorophenol and camphorated 35% parachlorophenol
. J. Endod., v. 2, n.3 , p.81-6 , Mar., 1976.
TROPE, M. Relationship of intracanal medicaments to endodontic flare-ups.
Endod. Dent. Traum., v. 6 , n.1 , p.226-29 , 1990.
UCHIN, R. A. Antibacterial activity of endodontic medications after
varying time intervals within the root canal. Oral Surg., v.16,
n.5, p.608-12 , 1963.
YAMASAKI, M. et al. Irritating effect of formocresol after pulpectomy
in vivo. Inter. Endod. J., v. 27 , n. 5 , p. 245-51 , Sept., 1994.
|