Carlos
Alberto Herrero de MORAIS *
Norberti BERNARDINELI **
Roberto Brandão GARCIA **
Vânia Portela Ditzel WESTPHALEN ***
Procurou-se analisar e discutir, através de
revisão da literatura, a estrutura química,
o mecanismo de ação, toxicidade e efetividade
dos anti-sépticos no tratamento endodôntico.
Unitermos
: medicação intra-canal , paramonoclorofenol
canforado, formocresol
* Prof. Assistente de Endodontia - Universidade Estadual de
Maringá - UEM - PR.
Mestre em Endodontia - Faculdade de Odontologia de Bauru -
USP - SP.
Doutorando em Endodontia - Faculdade de Odontologia de Bauru
- USP - SP.
Coordenador e Prof. do Curso de Especialização
em Endodontia - AMO
**
Profs. Doutores do Depto. de Endodontia - Faculdade de Odontologia
de Bauru - USP - SP.
*** Prof.a. Adjunta de Endodontia - Pontifícia Universidade
Católica do Paraná - PUC
Doutoranda em Endodontia - Faculdade de Odontologia de Bauru
- USP - SP.
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INTRODUÇÃO
Os
estudos de HAPASSALO (1989), BYSTRÖM (1985) e NAIR (1990)
têm demonstrado a relação dos microorganismos
com o sucesso da terapia endodôntica. AKAPTA (1976)
e BYSTRÖM (1985) verificaram que, após o preparo
químico-mecânico, mais de 50% da flora bacteriana
do canal é destruída. Porém, segundo
SUNDQVIST (1992), entre uma sessão e outra a anaerobiose
é restabelecida. Para MAISTO (1989), os anti-sépticos
são empregados no tratamento endodôntico de dentes
com necrose pulpar por duas razões: para combater a
infecção preexistente nos tecidos dentários
e atuar nas regiões inacessíveis ao preparo
químico-mecânico. O emprego atual dos anti-sépticos
na endodontia tem gerado muitas controvérsias quanto
à aplicação clínica, citotoxidade,
efetividade e ação à distância
(CWIKLA et al., 1972; ESBERARD et al, 1977; HARRISON et al.,
1971; MAISTO, 1989; SOEKANTO et al., 1996). O objetivo deste
trabalho foi avaliar através de revisão da literatura
a estrutura química, mecanismo de ação
e efetividade dos anti-sépticos e desta forma proporcionar
subsídios científicos para sua aplicação
clínica.
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